É uma festividade folclórica de
origem africana, realizada pelas comunidades negras do estado do Amapá.
Consiste em homenagear o Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade
com missas, novenas, ladainhas (parte sagrada dos festejos) e danças de
roda (parte profana dos festejos) puxada pela batida de tambores
chamados de "caixas de marabaixo". Supõe-se que o nome
venha do vocábulo árabe "marabut" (louvar) ou do fato dos negros terem
sido trazidos mar abaixo, da África para o Amapá.
Mistura a religiosidade da Igreja Católica Romana (pomba do Espírito
Santo, coroa da Santíssima Trindade, etc...) com rituais de origem afro
(levantação dos mastros, quebra da murta, etc...).
As festas são realizadas durante o Ciclo do Marabaixo,
que começam sempre na Páscoa e termina sempre no Domingo do Senhor. As
festividades populares acompanham o calendário litúrgico da Igreja
Católica. Durante as rodas de marabaixo, as mulheres se
vestem com saias rodadas floridas, ánagua, camisa branca e colares. Os
homens vestem calça branca e camisa simples. O vestuário é alusivo às
vestimentas dos antigos escravos. Em geral, os homens tocam as caixas
enquanto as mulheres cantam versos improvisados chamados "ladrões".
O marabaixo está presente, em especial, nos bairros do
Laguinho e Santa Rita (os chamados "bairros negros" de Macapá), na
cidade de Mazagão, e nas vilas de Santa Luzia do Pacuí, Campina Grande,
Coração, Curiaú e na Lagoa dos Índios (comunidades interioranas
afro-descendentes do municípios de Macapá).
Possui paralelos com outras danças de origem africana do Brasil, como o
batuque do Amapá, o tambor de crioula do Maranhão, o samba de roda da
Bahia, o caxambu do Rio de Janeiro e a umbigada de São Paulo.
O marabaixo é a maior expressão cultural amapaense.
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